Enquanto isso, na vila...
13/11/2011 | 00:09 | José Carlos Fernandes
Comparada à CIC, a Vila das Torres, no Prado Velho, é uma daquelas partículas que não podem ser vistas a olho nu. São 170 mil habitantes contra 8,5 mil, 20 vezes mais gente. Sem falar nas diferenças de área, algo como o Vaticano e a Itália. Mas, nas devidas proporções, uma pode ajudar a entender a outra. Ao caso.
Surgida na década de 1950, a outrora Vila Pinto recebeu um castigo por estar tão perto da área nobre: não dispunha de ligações com o resto da cidade, o que a condenou a viver numa muralha, onde “tudo podia acontecer”. Aconteceu. A vila se tornou ponto de tráfico, mas também laboratório de reciclagem e modelo de organização comunitária. E se abriu.
Esse movimento só tem crescido na última década, até porque Curitiba precisa circular por dentro da Vila das Torres, goste-se ou não. Tanto é que a Rua Chile – famosa por seus bares da moda – não vai mais acabar numa boca escura do Rio Belém, mas cruzar, em duas quadras, a mais antiga zona pobre de Curitiba.
O projeto trouxe uma ponte e uma trincheira para o minúsculo espaço. Ninguém pediu a ligação, mas não chiou – nem as 26 famílias retiradas do trecho reurbanizado. Ainda. Há uma semana, o líder da Associação de Moradores, Marcos Eriberto dos Santos, o Marcão, soube que a Chile será um binário. E que a rua principal da vila – a Manoel de Abreu, sede do comércio, da pracinha e do supermercado – vai ganhar restrição de mão na altura... da Chile.
Preparem-se os pneus. A taxa de motorização nas Torres reflete a do resto da cidade. Só na ruela do Marcão, com 30 metros, há 10 carros. Para fazer as compras do mês, parte dos moradores vai ter de fazer contornos e balões. O Ippuc diz que a queixa é infundada, pois a ampliação serve a todo o bairro. A turma da associação esbraveja: “Teremos de ficar numa bolha? Aqui tem cultura de vizinhança. Vamos incomodar”, avisa, sobre as duas quadras que podem virar o Contorno Sul da Vila das Torres.
"ESCLAREÇO AQUI, QUE NÃO SOU CONTRA A CONSTRUÇÃO DA TRINCHEIRA E NEM DA RUA CHILE, POIS ENTENDO QUE ISSO É IMPORTANTE PARA O PROGRESSO DA CIDADE E PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE, SOU CONTRA SIM, A POSTURA DO "IPPUC" QUE COSTUMA FAZER PROJETOS SEM OUVIR A COMUNIDADE E QUERER NOS ENFIAR GUELA À BAIXO, NÃO ENTENDEM QUE PAGAMOS IMPOSTOS E TEMOS DIREITOS, AQUI TEM VIDA, VIZINHANÇA, CULTURA COMUNITÁRIA E COMÉRCIO LOCAL; ENFIM, É UMA COMUNIDADE COMPLETA E NÃO TERRA DE NINGUÉM.
PORISSO PEDIMOS RESPEITO, E QUANTO A QUALQUER MODIFICAÇÃO NO PROJETO QUE CONHECEMOS, PRECISAMOS SER OUVIDOS E NOSSAS OPINIÔES RESPEITADAS." (opinião Marcão)
( LINK DA MATÉRIA: http://www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/conteudo.phtml?tl=1&id=1191757&tit=Enquanto-isso-na-vila )
Surgida na década de 1950, a outrora Vila Pinto recebeu um castigo por estar tão perto da área nobre: não dispunha de ligações com o resto da cidade, o que a condenou a viver numa muralha, onde “tudo podia acontecer”. Aconteceu. A vila se tornou ponto de tráfico, mas também laboratório de reciclagem e modelo de organização comunitária. E se abriu.
Esse movimento só tem crescido na última década, até porque Curitiba precisa circular por dentro da Vila das Torres, goste-se ou não. Tanto é que a Rua Chile – famosa por seus bares da moda – não vai mais acabar numa boca escura do Rio Belém, mas cruzar, em duas quadras, a mais antiga zona pobre de Curitiba.
O projeto trouxe uma ponte e uma trincheira para o minúsculo espaço. Ninguém pediu a ligação, mas não chiou – nem as 26 famílias retiradas do trecho reurbanizado. Ainda. Há uma semana, o líder da Associação de Moradores, Marcos Eriberto dos Santos, o Marcão, soube que a Chile será um binário. E que a rua principal da vila – a Manoel de Abreu, sede do comércio, da pracinha e do supermercado – vai ganhar restrição de mão na altura... da Chile.
Preparem-se os pneus. A taxa de motorização nas Torres reflete a do resto da cidade. Só na ruela do Marcão, com 30 metros, há 10 carros. Para fazer as compras do mês, parte dos moradores vai ter de fazer contornos e balões. O Ippuc diz que a queixa é infundada, pois a ampliação serve a todo o bairro. A turma da associação esbraveja: “Teremos de ficar numa bolha? Aqui tem cultura de vizinhança. Vamos incomodar”, avisa, sobre as duas quadras que podem virar o Contorno Sul da Vila das Torres.
"ESCLAREÇO AQUI, QUE NÃO SOU CONTRA A CONSTRUÇÃO DA TRINCHEIRA E NEM DA RUA CHILE, POIS ENTENDO QUE ISSO É IMPORTANTE PARA O PROGRESSO DA CIDADE E PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE, SOU CONTRA SIM, A POSTURA DO "IPPUC" QUE COSTUMA FAZER PROJETOS SEM OUVIR A COMUNIDADE E QUERER NOS ENFIAR GUELA À BAIXO, NÃO ENTENDEM QUE PAGAMOS IMPOSTOS E TEMOS DIREITOS, AQUI TEM VIDA, VIZINHANÇA, CULTURA COMUNITÁRIA E COMÉRCIO LOCAL; ENFIM, É UMA COMUNIDADE COMPLETA E NÃO TERRA DE NINGUÉM.
PORISSO PEDIMOS RESPEITO, E QUANTO A QUALQUER MODIFICAÇÃO NO PROJETO QUE CONHECEMOS, PRECISAMOS SER OUVIDOS E NOSSAS OPINIÔES RESPEITADAS." (opinião Marcão)
( LINK DA MATÉRIA: http://www.gazetadopovo.com.br/pazsemvozemedo/conteudo.phtml?tl=1&id=1191757&tit=Enquanto-isso-na-vila )
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